Mudança começa em etapas: o que muda na exigência de biometria do INSS
O INSS passou a exigir, em etapas, a biometria para novos pedidos de benefícios, o que obriga parte dos cidadãos a emitirem a CIN (Nova Carteira de Identidade Nacional) antes da maior parte da população.
A medida, segundo a regulamentação, “A medida cumpre o Decreto Nº 12.561, que regulamenta a Lei nº 15.077, e busca reforçar o combate a fraudes, proteger dados dos cidadãos e garantir que os recursos cheguem a quem realmente tem direito.”
Quem precisa adiantar a emissão da Nova Carteira de Identidade
A exigência vale inicialmente para novos pedidos de benefícios. Se você for fazer solicitação ao INSS e não possuir biometria válida em documentos aceitos, terá de emitir a CIN para concluir o requerimento quando as etapas do cronograma exigirem.
Importante: “A mudança, porém, vale apenas para novos pedidos. Quem já é aposentado, pensionista ou recebe algum auxílio não precisa correr.”
Quem está dispensado por enquanto
A regulamentação estabelece exceções para garantir inclusão e evitar prejuízo a quem enfrenta barreiras geográficas ou de saúde. Ficam dispensados enquanto o poder público não oferecer alternativas adequadas, incluindo localidades de difícil acesso identificadas pelo PREVBarco e pelo IBGE como muito remotas ou remotas.
Além disso, a exigência será temporariamente suspensa, até 30 de abril de 2026, para quem solicitar salário-maternidade, benefício por incapacidade temporária ou pensão por morte.
O governo afirma também que a implantação será gradual e que “não haverá bloqueio automático de benefícios em andamento”; caso seja necessária atualização biométrica, “o segurado será avisado individualmente e com antecedência para providenciar a nova Carteira de Identidade, ‘sem qualquer impacto no recebimento do seu pagamento’.”
Cronograma: datas-chave que você deve anotar
O INSS detalhou um calendário em três etapas:
– A primeira etapa, iniciada em 21 de novembro de 2025, aceita biometrias registradas na nova Carteira de Identidade, na CNH ou no título de eleitor.
– A partir de 1º de maio de 2026, quem não tiver biometria em nenhum desses documentos precisará emitir a nova Carteira de Identidade para concluir um novo pedido de benefício.
– A etapa final começa em 1º de janeiro de 2028, quando a Nova Carteira de Identidade passa a ser o único documento aceito com biometria para requerimentos e manutenções de benefícios no INSS.
Para quem já tem biometria ativa em documentos aceitos, “nada muda”.
O que fazer agora: passos práticos
1) Verifique seus documentos: confirme se já possui biometria na CNH, título de eleitor ou nova Carteira de Identidade.
2) Se for precisar solicitar benefício e não tiver biometria, antecipe a emissão da CIN para evitar atrasos no processo.
3) Se estiver em grupo dispensado por razões de saúde ou localização, acompanhe comunicados do INSS para orientações e prazos.
4) Se receber notificação do INSS sobre necessidade de atualização, atenda ao aviso: o órgão promete comunicar individualmente e com antecedência.
Contexto e impacto
A mudança busca unificar a identificação biométrica dos segurados e ampliar a segurança do sistema, reduzindo fraudes e riscos à privacidade. Para o cidadão, significa um período de transição em que será preciso checar documentos e, quando necessário, solicitar a nova Carteira de Identidade com antecedência.
O processo foi desenhado para ser gradual, com salvaguardas para não interromper pagamentos em curso e para proteger quem tem dificuldades de acesso físico a serviços públicos.
Reflexão assinada por Leonardo de Paula Duarte
Do ponto de vista cristão, medidas que buscam justiça e proteção dos mais vulneráveis dialogam com princípios bíblicos. Como lembra a Escritura: “Ele mostrou a você, homem, o que é bom. E que é que o Senhor pede de você? Que pratique a justiça, ame a fidelidade e viva com humildade diante do seu Deus.” (Miquéias 6:8 — NTLH).
Essa transição administrativa pede prudência e empatia: enquanto a sociedade busca maior segurança contra fraudes, é justo que a implementação preserve o acesso aos direitos e acompanhe quem tem mais dificuldade. Orar e agir com responsabilidade pública são caminhos que não se excluem.
Leonardo de Paula Duarte

