Dois perfis, um mesmo rincão: como o Norte de SC aparece na história das bilionárias
Apesar de trajetórias distintas, duas das bilionárias mais jovens do mundo têm o Norte catarinense como ponto em comum. Luana Lopes Lara, 29 anos, nasceu em Minas Gerais, mas construiu sua trajetória em Joinville, maior cidade de SC. A outra é Lívia Voigt, 21 anos, catarinense de Jaraguá do Sul e moradora de Florianópolis.
Luana Lopes Lara: da dança e da Olimpíada ao MIT e à Kalshi
Luana teve uma trajetória atípica: antes de liderar uma startup avaliada em US$ 11 bilhões, treinava horas por dia em salas de dança, seguindo a disciplina rígida da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
Além dos palcos, era uma “nerd de matemática”, a ponto de conquistar medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia. A combinação de talento e dedicação a levou ao MIT, onde estudou Ciência da Computação e Matemática. Foi lá que conheceu Tarek Mansour, com quem fundaria a Kalshi aos 22 anos.
Sobre o modelo de negócio: “A Kalshi, fundada em 2018, funciona de forma distinta das casas de apostas tradicionais: ela cria mercados de eventos regulados pela CFTC, permitindo negociar contratos de ‘sim’ ou ‘não’ sobre acontecimentos futuros“. Os contratos pagam US$ 1 caso o evento ocorra, e o preço reflete a probabilidade percebida pelo mercado — servindo tanto para especulação quanto para proteção financeira. A fortuna de Luana está majoritariamente no valor das ações que detém (entre 10% e 15%) e só se transforma em dinheiro caso haja venda de ações ou de participação.
Lívia Voigt: herança, discrição e participação na WEG
Lívia é neta de Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG, e detém 3,1% da empresa, mesma fatia de sua irmã Dora Voigt de Assis. Com fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão, ela aparece no ranking de 2025 da Forbes como a segunda bilionária mais jovem do mundo. A matéria destaca que a WEG é conhecida como a “fábrica dos bilionários“.
Discreta, a jovem já declarou que prefere evitar exposição pública e não atua na administração da WEG. Ainda assim, sua fortuna cresceu cerca de US$ 100 milhões no último ano, passando de US$ 1,1 bilhão para US$ 1,2 bilhão.
O que une e o que distingue essas histórias
O elo geográfico é claro: o Norte catarinense — com cidades como Joinville e Jaraguá do Sul — aparece como palco de origens e trajetórias que atingiram projeção global. Mas a natureza das fortunas é distinta:
– Luana: riqueza ligada a empreendedorismo e valorização de participação acionária em uma startup tecnológica emergente. É o caso clássico de capital humano, risco e diluição de patrimônio até uma liquidez possível por venda ou abertura de capital.
– Lívia: riqueza advinda de herança acionária em uma multinacional consolidada, com fluxos de mercado e valorização patrimonial menos dependentes de liquidez imediata.
Ambos os caminhos mostram diferentes aspectos da economia contemporânea: inovação e mercados regulados versus legado industrial e participação societária familiar.
Reflexão cristã por Leonardo de Paula Duarte
Como colunista e cristão, vejo nessas histórias elementos que nos convidam à reflexão sobre vocação, responsabilidade e humildade. Nem todo sucesso é sinônimo de visibilidade; há quem prefira a “discrição” e há quem assuma os holofotes do empreendedorismo. Em ambos os casos, recordo o princípio bíblico do trabalho com excelência: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Colossenses 3:23, NTLH).
Esse versículo não nivela trajetórias nem minimiza injustiças sociais, mas nos lembra que a ética e o propósito importam tanto quanto o resultado financeiro. O desafio coletivo é pensar em formas de prosperidade que promovam bem comum, educação e oportunidade — valores que ajudam a transformar talento local em impacto sustentável.
— Leonardo de Paula Duarte
Nota final: as informações desta matéria são baseadas exclusivamente nos trechos fornecidos: “Apesar de trajetórias distintas, duas das bilionárias mais jovens do mundo têm o Norte catarinense como ponto em comum”, trechos sobre Luana e a Kalshi, e trechos sobre Lívia Voigt e a WEG, incluindo a referência à “fábrica dos bilionários”.

