Pequenos hábitos da infância, impactos na vida adulta
“Acredite ou não, mas muito do que se passa na nossa infância influencia a nossa vida adulta e a nossa saúde.”
“Seja colocando o dedo no nariz, dormindo com a luz acesa ou roendo as unhas, o lado biológico desses atos inofensivos acaba tendo repercussões cruciais mesmo anos depois.”
Essas frases sintetizam um ponto simples e relevante: comportamentos rotineiros na infância nem sempre são inócuos. Mais do que castigos ou repreensões, entender os efeitos a médio e longo prazo ajuda pais e educadores a orientar com calma e sabedoria.
Dedo no nariz: higiene, hábitos e autoestima
Colocar o dedo no nariz é um gesto comum entre crianças. Além da questão estética, esse hábito pode reforçar comportamentos repetitivos e facilitar a transmissão de germes. Em muitos casos, o problema não é apenas o ato em si, mas como ele se integra a rotinas e reações sociais.
Ao abordar o tema, é útil focar em alternativas práticas: ensinar higiene nasal adequada, oferecer lenços descartáveis e explicar, com paciência, por que evitar o contato direto com o nariz ajuda a prevenir infecções.
Dormir com a luz acesa: sono e ritmo biológico
Dormir com a luz acesa costuma ser um conforto emocional para crianças com medo do escuro. Porém, a presença constante de luz durante o sono pode interferir no ciclo sono-vigília e na qualidade do sono ao longo do tempo.
Qualidade do sono importa para o desenvolvimento e também para hábitos que se estendem até a vida adulta. Quando possível, recomenda-se reduzir gradualmente a intensidade da luz e criar rituais noturnos que transmitam segurança sem depender exclusivamente da lâmpada acesa.
Roer unhas: estresse, saúde e hábitos repetitivos
Roer unhas é frequentemente uma resposta ao estresse, ansiedade ou tédio. Além do aspecto estético, esse comportamento pode marcar o modo como uma pessoa lida com emoções e tensões, e em alguns casos persiste ao longo da vida.
Abordagens gentis, que encontrem as causas emocionais e ofereçam substitutos (como exercícios de respiração ou pequenas atividades manuais), tendem a ser mais eficazes do que punições isoladas.
Como transformar hábitos sem culpa
Em vez de focar apenas no erro, é mais produtivo entender o contexto: por que a criança recorre a aquele comportamento? Comunicação, rotina e exemplo dos adultos são essenciais.
Sugestões práticas: estabelecer limites com empatia, oferecer alternativas concretas, criar rotinas consistentes e procurar apoio profissional quando o hábito estiver ligado a ansiedade ou transtornos do sono.
“Clique para ver quais maus hábitos infantis podem estar te afetando hoje.”
Reflexão cristã — fé prática para a educação
Como colunista cristão, acredito que cuidar das pequenas atitudes de infância é também uma questão de amor e responsabilidade. A Bíblia lembra a importância da formação desde cedo: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da sua vida não se desviará dele.” (Provérbios 22:6, NTLH).
Isso não significa perfeição instantânea, mas sim um chamado para orientar com paciência, oferecer segurança e cultivar hábitos saudáveis que acompanhem a pessoa ao longo da vida.
Leonardo de Paula Duarte
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