Greve de ônibus em SP por atraso do 13º pode colapsar transporte; empresas citam contratos com a prefeitura

Greve anunciada por atraso no 13º acende alerta no transporte da capital

Motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo anunciaram uma greve nesta terça-feira (9) motivada pelo atraso no pagamento do 13º salário. Segundo informações do UOL, “o anúncio foi feito nas redes sociais pelo presidente do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo), Valdemir dos Santos”.

O que os trabalhadores dizem

De acordo com a categoria, o pagamento do 13º não foi efetuado na data prometida e as empresas teriam pedido um prazo maior, alegando não ter dinheiro em caixa para os depósitos. A paralisação, que começou no dia 9, pode se estender até quarta-feira (10), conforme comunicados da entidade sindical.

Os posts e mensagens que circularam nas redes também registraram a insatisfação dos usuários. No X (antigo Twitter), moradores reagiram com frases como “Como instaurar o caos em uma SP chuvosa: greve de ônibus do nada. Pronto, acabou a cidade” e “Todo apoio a greve dos trabalhadores de ônibus mas, meu Deus, parar no horário de pico e no dia de chuva em SP”.

Posicionamento das empresas e da entidade patronal

As empresas de ônibus, segundo relatos da categoria, teriam pedido mais prazo para efetuar o pagamento do 13º, alegando falta de caixa. O SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) afirmou que as empresas operadoras “não estão se articulando para o pagamento do 13º salário”, mostrando uma desconexão pública entre as empresas e a representação dos trabalhadores.

As empresas justificam os atrasos por problemas nos contratos com a Prefeitura: dizem que há atraso na revisão dos valores pagos pelo serviço por parte do poder público. Em outras palavras, reclamam que a integração financeira com os repasses municipais foi afetada e que isso impacta o fluxo de caixa.

Resposta da Prefeitura de São Paulo

Em nota, segundo o Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo garantiu que “os repasses às empresas de ônibus estão em dia” e ressaltou que o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é responsabilidade das concessionárias.

Com isso, o impasse apresenta duas versões: de um lado, a categoria alega falta de pagamento pelos empregadores; do outro, a administração municipal afirma regularidade dos repasses e atribui às empresas a obrigação do pagamento do benefício.

Impacto imediato e riscos para o sistema

Mesmo com duração curta, uma greve em dia de forte chuva e em horário de pico pode provocar congestionamentos, aumentar a demanda por trens e metrô e pressionar serviços por aplicativos e transporte por aplicativo. A paralisação localizada da frota tem potencial de criar pontos de colapso temporário na rede de mobilidade.

Sem números oficiais de adesão ou de quantas linhas foram afetadas nas fontes disponíveis, não é possível quantificar o estrago. O que se verifica nas redes e nos relatos é a combinação de clima adverso e paralisação como elemento de perturbação aguda na rotina urbana.

O que cabe acompanhar

– Declarações formais de cada concessionária sobre o pagamento do 13º e calendário de depósitos.

– Comprovação dos repasses municipais às empresas (com datas e montantes) para verificar a versão da Prefeitura.

– Posicionamento definitivo do Sindmotoristas sobre continuidade ou fim da paralisação após negociações.

Sem essas evidências documentais, permanecem diferentes versões sobre a causa imediata do atraso: problemas de caixa alegados pelas empresas versus atraso na revisão contratual apontado como causa subjacente.

Reflexão final e orientação — por Leonardo de Paula Duarte

Quando conflitos trabalhistas atingem serviços essenciais, como o transporte coletivo, a sociedade sofre em várias frentes: economia, saúde e qualidade de vida. É legítimo que trabalhadores exijam seus direitos, como o pagamento do 13º, ao mesmo tempo em que gestores e empresas têm a obrigação de prestar contas com clareza.

Como cristão e jornalista, creio que a verdade e a responsabilidade pública devem orientar a solução. A Bíblia lembra da importância de agir com perseverança no bem: “Não vamos desistir de fazer o bem, porque no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6:9, NTLH).

Pequenas medidas práticas podem reduzir o impacto: maior transparência nos contratos e repasses, diálogo contínuo entre sindicatos, empresas e prefeitura, e canais de comunicação claros para orientar o usuário em tempo real.

Que a negociação ocorra com respeito às necessidades dos trabalhadores e com responsabilidade para com a cidade. — Leonardo de Paula Duarte

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