Marcadores discretos com função prática: visão das asas e apoio à segurança
Ao embarcar, poucos passageiros reparam nos pequenos triângulos pretos — às vezes vermelhos — posicionados acima de determinadas janelas. Esses sinais não são decoração: são referências visuais usadas pela tripulação.
Segundo o ex-piloto Daniel Bubb, em entrevista à Reader’s Digest, “A principal razão para a existência dos triângulos é ajudar a tripulação em caso de emergência ou falha no motor, nas asas ou em outras partes da aeronave. Eles permitem identificar rapidamente a origem de um problema”.
O que exatamente indicam esses triângulos?
Os triângulos mostram os pontos com a melhor visão das asas do avião. Estão alinhados com janelas específicas dos dois lados da fuselagem para que, em caso de anomalia — fogo, fumaça ou danos visíveis — a tripulação possa localizar a origem mais depressa.
Por não serem um item regulamentado, a presença e a posição dos triângulos variam conforme o modelo da aeronave. Como alerta do próprio ex-piloto: “Algumas companhias aéreas ou aviões mais antigos nem exibem os triângulos, já que não são obrigatórios por regulamentação — são apenas um recurso prático para a tripulação”.
O assento preferido dos fotógrafos e o apelido curioso
Além da função de segurança, esses assentos costumam ser os preferidos de quem gosta de fotografar durante o voo, pois oferecem uma visão mais limpa das asas e do exterior.
Entre aviadores, o lugar marcado às vezes é chamado de William Shatner seat, referência a um episódio clássico de Além da Imaginação (The Twilight Zone), de 1963, no qual o personagem de Shatner observa algo sabotando a asa do avião pela janela.
Preciso fazer algo se estiver sentado ali?
Não há instruções especiais para quem ocupa esses assentos. Como explica Daniel Bubb, “A menos que um comissário de bordo peça algo específico, o passageiro não precisa fazer nada, ao contrário de quem fica nas fileiras das saídas de emergência”.
Ou seja, o marcador serve principalmente como referência visual para a tripulação — não como um convite formal para o passageiro intervir.
Dicas práticas e contexto
Algumas observações práticas, segundo o material consultado:
– Nem sempre é possível reservar um assento com base apenas no triângulo, porque sua posição muda conforme o modelo da aeronave.
– Em aeronaves e companhias mais antigas, os triângulos podem nem existir.
Se você gosta de fotografar, procure janelas alinhadas com as asas; se sua prioridade é outra (corredor, espaço para pernas), lembre-se de que o triângulo não garante comodidade extra.
Um adendo prático sobre o comportamento em voo: a comissária Sarah B., em entrevista à Travel + Leisure, indicou dois momentos ideais para usar o banheiro durante o voo: “Esses são os períodos com menos movimento” — logo após a coleta das bandejas da primeira refeição e pouco antes do aviso de descida. Segundo ela, “Quando o aviso de pouso é dado, todos correm para o banheiro. Planejar antes evita filas e transtornos”.
Uma reflexão breve de fé — por Leonardo Duarte
Em viagens, pequenos sinais e protocolos cuidam da segurança coletiva. Como cristão, vejo nisso um chamado à vigilância responsável e ao cuidado pelo próximo. A Bíblia traz conforto para viajantes: “O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.” (Salmo 121:8, NTLH).
Essa proteção não dispensa prudência — os triângulos nas janelas são um exemplo concreto de como atenção e organização ajudam a preservar vidas. Que possamos viajar com atenção e gratidão, cuidando uns dos outros no pouco que nos cabe.
Reflexão por Leonardo Duarte

