Leilão da Receita Federal em SP: iPhone 15 por R$576, PS5 a R$1.706 e HB20S com lance inicial de R$8.239

Sessão totalmente remota reúne mercadorias apreendidas ou abandonadas com lances iniciais bem abaixo do mercado

A Receita Federal realizará um leilão regional de mercadorias apreendidas ou abandonadas em São Paulo, com sessão marcada para 5 de dezembro, às 10h, em formato totalmente remoto.

O que chamou atenção

Segundo o Metrópoles, haverá “dois Playstation 5 com lance inicial de R$ 1.706, um iPhone 15 com fone de ouvido a partir de R$ 576, além de um kit Xiaomi (celular, fone e smartwatch) por R$ 276, entre outros eletrônicos.” A manchete já circulou como “Leilão da Receita Federal tem iPhone 15 por ‘preço de banana’ e HB20S ‘de graça'”, chamando a atenção para valores bem abaixo dos praticados no varejo.

Além dos eletrônicos, a lista inclui veículos com iniciais surpreendentes: uma Kombi 2009/2010 parte de R$ 3.600; um ônibus de turismo de 1999 começa em R$ 7.500; e um HB20S 2018/2019 tem lance inicial de R$ 8.239. Há também artigos esportivos, itens de pesca, máquinas de bordar, tecidos, materiais plásticos e até árvores de Natal.

Como participar

Podem participar pessoas físicas e jurídicas. As propostas devem ser enviadas entre 27 de novembro e 3 de dezembro. A participação ocorre exclusivamente pelo “Sistema de Leilão Eletrônico”, acessado via e-CAC, com login GOV.BR.

O edital, as fotos e a relação completa das mercadorias estão disponíveis no site da Receita Federal. A visitação dos lotes ocorre em dias úteis, de 27 de novembro a 3 de dezembro, em unidades da Receita nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Barueri, Suzano, Santos, Bauru, Santo André, Araraquara, Campinas, Guarulhos, Jacareí e Guarujá. Endereços, horários e contatos para agendamento constam no edital.

Regras e prazos importantes

Quem arrematar tem 30 dias para retirar os lotes — a Receita não realiza envio das mercadorias. O pagamento deve ser feito exclusivamente via DARF, e nunca por depósito ou transferência para terceiros. Segundo o edital citado, bens arrematados por pessoas físicas não podem ser revendidos.

Essas condições reforçam que os itens são vendidos como estão, e que custos e cuidados logísticos (retirada, transporte e regularização) ficam por conta do comprador.

Por que os preços podem estar tão baixos?

Leilões de bens apreendidos ou abandonados costumam ter lances iniciais baixos para atrair disputa entre compradores. Além disso, itens leiloados podem ter desgaste, ausência de garantia ou necessidade de regularização documental — fatores que reduzem o valor inicial em comparação ao mercado formal.

Para o comprador, isso pode representar oportunidade. Para o organizador, é forma de recuperar ativos. Em ambos os casos, convém avaliar condição física, documentação e custos extras antes de ofertar.

Reflexão assinada por Leonardo de Paula Duarte

Num país onde o consumo é forte, a tentação de ver “promoções imperdíveis” é grande. Ainda assim, vale lembrar uma lição de contentamento e sabedoria financeira: “Digo isto, porém não porque esteja passando necessidade; pois aprendi a contentar-me com o que tenho.” (Filipenses 4:11, NTLH).

Ofertas atraentes ajudam a poupar, mas também podem alimentar impulsos. Compras planejadas, avaliação honesta do uso e atenção à ética — sobretudo nas regras do leilão — protegem o comprador e respeitam a lei.

Se optar por participar, faça uma visita técnica ao lote, leia o edital com atenção e calcule custos totais. Assim, a oportunidade pode se transformar numa boa aquisição, com responsabilidade e propósito.

Leonardo de Paula Duarte

Fonte: informações da sessão regional de leilões da Receita Federal e reportagem do Metrópoles.

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