Mulher revela rosto reconstruído após 16 cirurgias: o caso do nariz arrancado por cão Boerboel que chocou os EUA

Jordan Wilson, 29, mostra resultado das 16 cirurgias e descreve sequelas físicas e emocionais

Três anos depois do ataque que lhe arrancou completamente o nariz, a americana Jordan Wilson voltou às redes sociais para mostrar o resultado das 16 cirurgias de reconstrução facial e relatar como o trauma afetou seu corpo, suas emoções e a convivência com animais.

O ataque e a perda do nariz

O episódio ocorreu em abril de 2022, durante uma visita ao cunhado em Tampa, na Flórida. Jordan, moradora da Pensilvânia e mãe de duas crianças, estava sentada no chão conversando quando o cão da raça Boerboel avançou sem aviso.

Ela desmaiou e só soube dos detalhes pelo relato do noivo. Segundo o relato citado por Jordan, o animal “primeiro se aproximou como se fosse cheirá-la e, de forma repentina, arrancou todo o nariz em um único movimento”. Levantada ao hospital, ela recebeu atendimento de emergência para estancar o sangramento e preparar a face para uma reconstrução extensa. “Disseram que ele arrancou tudo e provavelmente engoliu”, contou a vítima.

O processo de reconstrução

A reconstrução facial exigiu técnicas complexas e várias etapas cirúrgicas. Para criar um novo nariz, os médicos usaram pele da testa e recorreram a expansores de tecido para esticar essa pele antes do enxerto. Jordan passou pelo procedimento de retalho frontal, em que a pele da testa é transferida para a região nasal e depois é separada em etapas posteriores.

Ela relata como a sensibilidade foi se reorganizando: “No começo, tocar o meu nariz parecia tocar a testa. Hoje já sinto como se fosse realmente meu”. Apesar das rotas respiratórias terem sido restabelecidas, Jordan afirma que as narinas estreitas e a rigidez da cartilagem ainda limitam a função nasal e impedem manipulações internas.

Amigos e familiares dizem que ela está cada vez mais parecida com a antiga Jordan, mas a própria jovem admite que ainda não se reconhece totalmente: “Mais de três anos depois, continuo tentando me adaptar. Ainda é difícil sair de casa sem imaginar que todo mundo está tentando entender o que aconteceu comigo”.

Impacto emocional e nova relação com animais

O ataque transformou também a relação dela com animais. Embora afirme que gosta de bichos, Jordan diz que hoje é “muito mais cautelosa” e que seu instinto protetor se intensificou quando os filhos estão perto de cachorros: “Eu gosto de bichos, mas agora sou muito mais cautelosa. E, quando meus filhos estão perto de cachorros, meu instinto protetor dispara”.

O relato público de Jordan tem servido para expor a complexidade de traumas graves: há a sequência física das cirurgias e a adaptação do corpo, e há as cicatrizes psicológicas que acompanham a vítima em ambientes sociais e familiares.

Contexto médico e social

Casos de ataques caninos com ferimentos faciais intensos demandam equipes multidisciplinares — incluindo cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas e terapias de reabilitação — e etapas prolongadas de recuperação. No caso de Jordan, o uso de expansores e retalhos frontais demonstra a aplicação de técnicas consagradas em reconstrução nasal complexa.

Do ponto de vista social, histórias como a de Jordan também abrem discussão sobre prevenção de acidentes envolvendo animais, supervisão em visitas e educação sobre convivência segura entre pessoas e cães.

Reflexão cristã

Como colunista e cristão, observo que a recuperação física muitas vezes caminha junto com a cura emocional e espiritual. Em momentos de dor e transformação podemos encontrar amparo e sentido. “O SENHOR está perto dos que têm o coração quebrantado; ele salva os de espírito abatido.” (Salmo 34:18, NTLH).

Não se trata de minimizar o sofrimento, mas de lembrar que fé e comunidade podem oferecer suporte prático e afetivo para quem enfrenta reabilitações longas. Que possamos responder com compaixão, apoio e responsabilidade quando uma família passa por algo assim.

— Leonardo de Paula Duarte

Fontes: relato público da vítima nas redes sociais e reportagens sobre o caso.

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