‘Ditadura nunca mais’ x ‘Anistia’: reações de esquerda e direita nas redes após prisão de Bolsonaro pelo STF

Redes sociais divididas e frases que viralizaram após decisão do STF

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar o cumprimento definitivo da pena do ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL), as redes sociais foram tomadas por reações da direita e da esquerda. Os tópicos “ditadura nunca mais”, “Bolsonaro na Papuda já” e “anistia” estiveram entre os mais comentados no X (antigo Twitter).

Reações da esquerda: celebração e afirmação da regra democrática

Parlamentares e apoiadores de partidos de esquerda comemoraram a decisão. A deputada Erika Hilton (PSOL‑SP) escreveu: “Que dia lindo. Cada vez que atualizo o UOL tem mais um golpista sendo preso”.

O senador Fabiano Contarato (PT‑ES) avaliou o movimento político e jurídico com ênfase na estabilidade democrática: “Essa decisão marca um ponto de inflexão na história do Brasil: reforça que ninguém está acima da lei e que a defesa da democracia é inegociável”, disse.

Outras manifestações curtas também ganharam repercussão. Logo após a confirmação do trânsito em julgado da condenação de Bolsonaro, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL‑SP) comentou “Grande dia!”. O vereador Pedro Rousseff (PT‑MG) compartilhou a notícia dizendo “Finalmente”.

Reações da direita: críticas, preocupação e afirmação de injustiça

Do lado oposto, aliados e familiares reagiram com indignação e apreensão. A família Bolsonaro se manifestou publicamente: o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) afirmou que o foco é a saúde do ex‑presidente: “Estamos vigilantes e fazendo todo o possível para proteger e garantir a saúde e a vida de Bolsonaro. Fé em Deus que esse momento sombrio há de passar”.

Aliados criticaram o processo. O advogado Jeffrey Chiquini — que já atuou em defesas ligadas ao entorno do ex‑presidente — alega que Moraes “encerrou processo antes do fim”. O senador Marcos Rogério (PL‑RO) escreveu: “Isso viola qualquer noção mínima de devido processo legal. O Brasil está vendo. E não vai esquecer”.

Mensagens pessoais também circularam: a ex‑primeira‑dama Michelle Bolsonaro publicou no Instagram uma declaração curta e afetuosa: “Meu amor”. E o maquiador de Michelle, Augustin Fernandez, havia se manifestado no sábado (22) quando Bolsonaro foi preso preventivamente: “Não se sintam derrotados porque Bolsonaro preso injustamente, jamais tornará a esquerda menos ladra, corrupta e mau‑caráter.”

Quem mais teve a prisão decretada

Além do ex‑presidente, a decisão judicial resultou em prisões decretadas para outras figuras ligadas ao episódio. Foram mencionados os nomes: Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Garnier Santos e Alexandre Ramagem.

O ambiente público e o desafio da convivência cívica

Nas últimas horas, as tensões nas redes têm mostrado tanto apelos por responsabilização quanto discursos de vitimização. Informação, verificação e calma institucional são essenciais para que o debate público se mantenha dentro dos marcos legais.

Como colunista e cristão, cabe também uma reflexão sobre o papel da fé em momentos de polarização. Como disse Jesus sobre a paz: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5:9, NTLH).

A fé pode inspirar atitudes de justiça e paz sem anular a busca por verdade nem a defesa dos direitos. Em tempos de notícia intensa e emoções à flor da pele, há valor em buscar responsabilidade, oração e ação ética — princípios que, quando aplicados, fortalecem a convivência democrática.

Leonardo de Paula Duarte

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