Alckmin tenta acelerar acordo sobre tarifas com os EUA após Trump revogar tarifa de 40% sobre parte das exportações

Negociações avançam, mas governo quer acelerar redução de tarifas sobre motores e máquinas

O vice‑presidente Geraldo Alckmin afirmou, nesta terça‑feira (25), que o governo brasileiro busca acelerar as negociações com os Estados Unidos para reduzir as tarifas aplicadas a produtos do Brasil. A declaração foi feita durante um evento empresarial promovido pela Amcham, em São Paulo, do qual ele participou por videoconferência.

O que disse Alckmin

Alckmin declarou que o diálogo bilateral “avança gradualmente”, mas que a administração brasileira quer dar ritmo mais rápido ao processo. Segundo ele, a prioridade no momento é diminuir as alíquotas sobre produtos industrializados, como motores e máquinas, que ainda continuam taxados pelos Estados Unidos.

O vice‑presidente ressaltou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil e defendeu que “não há justificativa para as tarifas”.

Medidas de mitigação e apoio ao exportador

No discurso, Alckmin destacou o papel das empresas nas tratativas bilaterais e mencionou programas do governo para reduzir os impactos das sobretaxas. Entre as iniciativas citadas está o Plano Brasil Soberano, que amplia crédito e estende a suspensão de tributos para exportadores.

Essas ações têm objetivo claro: dar fôlego às cadeias produtivas brasileiras enquanto se busca uma solução diplomática e comercial com Washington.

O gesto dos EUA e a mensagem da Casa Branca

Na quarta‑feira passada, o governo norte‑americano revogou a tarifa de 40% sobre parte dos produtos agrícolas do Brasil, em uma lista que inclui carne, café e frutas. A decisão foi assinada pelo presidente Donald Trump e divulgada pela Casa Branca.

O comunicado citou a conversa entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro, e afirmou que houve “progresso inicial nas negociações”, mas que as conversas seguem em andamento.

O que esperar dos próximos passos

Com a revogação parcial assinada por Trump e a interlocução pública de Alckmin, o governo pretende transformar o impulso recente em acordos mais amplos, especialmente para produtos industrializados. As próximas etapas dependem de conversas técnicas e de confiança entre agentes comerciais e governos.

Não há cronograma público detalhado sobre prazos e escopo das reduções além do que foi informado nas declarações oficiais. Assim, mercados e exportadores acompanham atentamente sinais políticos e eventuais negociações técnicas.

Reflexão cristã e ética pública

Num momento de negociações e interesse nacional, vale lembrar que a busca por soluções justas e pela paz nas relações comerciais é também um princípio que encontra eco na fé. Como orientação prática, podemos lembrar: “Felizes os que trabalham pela paz; eles serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5:9, NTLH).

Na economia, assim como na vida pública, diálogo responsável e compromisso com a verdade servem ao bem comum. A redução de barreiras pode favorecer empregos, renda e dignidade — objetivos legítimos para qualquer sociedade que deseje prosperidade compartilhada.

Assinado: Leonardo de Paula Duarte

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