Argentina autoriza extradição de cinco condenados pelo STF pelo 8 de janeiro — saiba quem são e as penas

Uma decisão da Justiça argentina autorizou a extradição de cinco brasileiros condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, depois que os envolvidos foram detidos ao tentar entrar na Argentina. A ordem foi assinada pelo juiz Daniel Eduardo Rafecas, do Tribunal Criminal nº 3 de Buenos Aires, em atendimento ao pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quem são os extraditados

As fontes oficiais citam que entre os extraditados estão, explicitamente:

Joelton Gusmão de Oliveira — morador de Vitória da Conquista (BA), condenado em fevereiro deste ano a 17 anos de prisão.

Alessandra Faria Rondon — esposa de Joelton, também condenada a 17 anos.

Rodrigo de Freitas Moro Ramalho — morador de Marília (SP), condenado a 12 anos e seis meses de reclusão, além de um ano e seis meses de detenção.

As fontes informam que foram autorizadas as extradições de cinco brasileiros, mas os nomes dos outros dois não estão identificados nos trechos disponibilizados. Todos já tinham mandados de prisão emitidos no Brasil e constavam em pedidos de extradição enviados à Justiça argentina.

Como se deu a decisão

O juiz Rafecas “acusou integralmente o pedido de Moraes”, segundo as informações, e determinou a transferência dos condenados para o Brasil. A extradição foi fundamentada nos processos em que cada um foi condenado pelo STF.

Segundo a matéria, Rafecas já havia determinado, em novembro do ano passado, a prisão de 61 foragidos brasileiros envolvidos nos atos antidemocráticos de 2023. A defesa dos cinco presos não foi localizada, conforme os relatos.

Penas e acusações

As condenações se baseiam em processos movidos no STF que imputam, a depender do réu, crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

No caso de Joelton Gusmão de Oliveira, o relatório da Polícia Federal registra que ele gravou vídeos incentivando invasores e afirmando: “é assim que toma o poder”, convocando outras pessoas a subirem a rampa do Congresso Nacional. O documento também aponta que, “dentro de um dos prédios públicos, Joelton Gusmão de Oliveira comemora a entrada no prédio, afirmando estar ‘dentro da nossa casa'” e que, nas dependências do Plenário do Senado, sua esposa aparece fazendo uso de microfone para afirmar que “estão exigindo intervenção militar porque todo poder emana do povo, juntando-se Joelton Gusmão de Oliveira ao coro de ‘todo poder emana do povo'”.

Rodrigo Ramalho estava em liberdade provisória concedida por Moraes em agosto de 2023, mas teve a medida revogada após violação das condições impostas: sua tornozeleira eletrônica deixou de emitir sinal em abril do ano passado. Além da pena privativa de liberdade, Ramalho foi condenado a pagar indenização por danos morais coletivos fixada em R$ 30 milhões, valor a ser dividido entre todos os condenados no inquérito.

Contexto processual e implicações

A extradição atende a um pedido judicial brasileiro e reafirma a cooperação entre as autoridades da Argentina e do Brasil em casos de foragidos por crimes de grave impacto institucional. A medida também demonstra a tramitação internacional de processos que envolvem mandados de prisão e pedidos de extradição com base em sentenças do STF.

Reflexão cristã — Leonardo de Paula Duarte

Como cristão e jornalista, observo que a busca por justiça deve andar lado a lado com a chamada ao arrependimento e à restauração. A Bíblia nos lembra princípios que orientam a convivência em sociedade: “Ele mostrou a você o que é bom. E o que o Senhor exige de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande humildemente com seu Deus.” (Miquéias 6:8, NTLH).

O cumprimento da lei e o respeito às instituições são essenciais para a paz social. Ao mesmo tempo, é preciso preservar a dignidade humana e dar espaço para a verdade e a responsabilização responsável. Que os processos transcorram com transparência e que a sociedade encontre caminhos de reconciliação fundados na justiça e na esperança.

Leonardo de Paula Duarte

Fontes: trechos oficiais e relatório da Polícia Federal, conforme divulgado em matéria citada.

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