Ataque em Beirute: Israel mira chefe do Estado‑Maior do Hezbollah, deixa dezenas de feridos e eleva tensão com o Líbano

Gabinete de Netanyahu confirmou alvo; EUA foram informados apenas após a operação, segundo relatos

O Exército de Israel afirmou neste domingo (23) ter realizado um ataque em Beirute que, segundo o gabinete do primeiro‑ministro, teve como alvo Haytham Ali Tabatabai, identificado como “o chefe do Estado‑Maior do Hezbollah”.

Moradores relataram à agência Reuters que ouviram aviões de guerra momentos antes da explosão em uma via de carros e que saíram correndo de seus prédios com medo de novos ataques. Pelo menos duas dezenas de pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da região, segundo fontes médicas. Não houve comentários imediatos do Hezbollah ou do Ministério da Saúde do Líbano.

Declarações oficiais e justificativa

Antes da ação, o primeiro‑ministro Binyamin Netanyahu disse a seu gabinete que Israel continuaria a combater o “terrorismo” em várias frentes e que “Continuaremos a fazer tudo o que for necessário para impedir que o Hezbollah restabeleça sua capacidade de nos ameaçar”.

O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país seguirá com operações do tipo: “Continuaremos a agir com firmeza para evitar qualquer ameaça aos residentes do norte e ao Estado de Israel”. Katz acrescentou que “Quem levantar a mão contra Israel, terá a mão cortada” e declarou estar, junto de Netanyahu, “determinado a continuar a política de aplicação máxima da lei no Líbano e em todos os outros lugares”.

Repercussão internacional e informações sobre notificação

Segundo um funcionário americano ouvido pelo portal Axios, Israel não notificou os EUA com antecedência sobre o ataque deste domingo. Outro relato presente na cobertura afirma que “o governo de Donald Trump -aliado de Netanyahu- foi informado imediatamente após o ataque”. A publicação também registrou que os EUA sabiam há dias que Israel planejava intensificar operações no Líbano.

Contexto da escalada

Desde novembro, Israel vinha intensificando ataques aéreos no sul do Líbano, em uma campanha descrita por Tel Aviv como voltada a impedir o ressurgimento militar do Hezbollah na fronteira. Israel acusa o grupo de tentar se rearmar desde o cessar‑fogo apoiado pelos Estados Unidos no ano passado. O Hezbollah, por sua vez, afirma ter cumprido as exigências para encerrar sua presença militar na região fronteiriça e que caberia ao Exército libanês mobilizar‑se naquele setor.

O que se sabe — e o que permanece em aberto

Do ataque em Beirute foi confirmada a identidade do alvo pelo gabinete do premiê e o número inicial de feridos, mas há lacunas importantes: não houve pronunciamento oficial do Hezbollah sobre o incidente até o momento da cobertura, tampouco uma declaração do Ministério da Saúde do Líbano além das referências a atendimentos a feridos.

Reportagens de agências no local registraram o temor da população e o som de aeronaves antes da explosão, mas detalhes operacionais de Israel sobre meios e processo de decisão não foram publicados nas fontes consultadas.

Reflexão cristã

Conflitos como este evocam dor e incerteza para civis e famílias que vivem entre regimes e fronteiras. Como cristão, lembro que há um apelo à paz na Escritura: “Felizes os que trabalham pela paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9, NTLH). Emoções legítimas e preocupações de segurança coexistem com um chamado à compaixão e à busca por soluções que preservem vidas.

Que os fatos continuem a ser apurados com rigor jornalístico e que a comunidade internacional acompanhe medidas que possam reduzir riscos aos civis. — Leonardo de Paula Duarte

As informações desta matéria baseiam‑se exclusivamente em relatos e declarações publicadas pelas agências e fontes citadas no conteúdo original. A cobertura está sujeita a atualização conforme surgirem pronunciamentos oficiais ou novas confirmações.

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