Presidente do São Paulo reage às críticas do técnico do Palmeiras; entenda o episódio do pênalti não marcado, a queda do resultado e as consequências para a arbitragem
O clima entre São Paulo e Palmeiras voltou a ganhar espaço nos bastidores do futebol brasileiro após declarações trocadas entre o técnico Abel Ferreira e o presidente tricolor, Julio Casares. O tema central é o pênalti não marcado em um clássico do Campeonato Brasileiro e as críticas à arbitragem que seguiram.
Contexto do episódio
No centro da polêmica está uma partida de outubro, entre São Paulo e Palmeiras, em que um pênalti sobre o São Paulo não foi assinalado. Na sequência, após derrota do Palmeiras por 3 a 2 para o Grêmio, Abel Ferreira criticou a arbitragem e afirmou que “muita coisa mudou” depois do jogo contra o São Paulo.
Abel disse: “O que eu posso dizer é que, falando sobre as minhas decisões, depois do jogo contra o São Paulo, muita coisa mudou. Se aquele pênalti tivesse sido marcado (para o São Paulo), nosso goleiro ia defender e íamos virar para 3 a 2. E não teria acontecido tudo o que aconteceu”.
Em relação às medidas disciplinares, a reportagem recorda que “Ramon Abatti Abel, árbitro principal, e Ilbert Estevam, responsável pelo VAR, foram afastados e acabaram suspensos por 40 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)”.
O que disse Julio Casares
No CBF Summit, o presidente do São Paulo, Julio Casares, criticou a postura de Abel ao comentar a arbitragem. Na fala reproduzida, Casares afirmou: “Eu tenho um hábito, eu não falo de outro clube. A não ser que o assunto envolva o presidente de outro clube. Eu vi essa entrevista (do Abel Ferreira). Acho que seria muito melhor ele ficar focado nas questões dele. Foi um erro de arbitragem estupendo, que o São Paulo brigou muito para que as imagens e o áudio fossem destinados, mesmo que o VAR não chamasse o árbitro”.
Casares acrescentou uma avaliação institucional sobre o impacto do caso: “Acho que contribuímos muito para o bem do futebol, não é porque é A, B ou C, mas o episódio aconteceu em jogo contra o Palmeiras. Isso tudo trouxe a tona a necessidade de um grupo de arbitragem que a CBF, com sabedoria, está trabalhando. Esse grupo vai melhorar bastante a preparação e a profissionalização desses árbitros”, finalizou.
Implicações para o campeonato e para a arbitragem
O episódio reacende debates recorrentes sobre o uso do VAR, transparência nas decisões e a profissionalização da arbitragem. A suspensão de 40 dias dos responsáveis pela partida destaca que houve consequências formais, reforçando a necessidade de procedimentos mais claros.
Do ponto de vista esportivo, críticas públicas entre figuras dos principais clubes tendem a ampliar a atenção da mídia e da opinião pública sobre as instituições envolvidas — algo que, segundo Casares, pode empurrar aceleradores institucionais, como o fortalecimento de um grupo de arbitragem na CBF.
Reflexão editorial — Leonardo de Paula Duarte
Em momentos de tensão, a comunicação pública de dirigentes e treinadores ganha papel decisivo para o tom do debate. Observando as falas, é legítimo cobrar transparência e aprimoramento técnico; ao mesmo tempo, há ganho coletivo quando críticas são direcionadas para a construção, não apenas para o confronto.
Como colunista cristão, lembro que princípios como justiça e responsabilidade pública dialogam bem com o esporte. A regra do jogo e a aplicação justa dela são fundamentais para a confiança de torcedores e atletas. Nesse sentido, a recomendação bíblica ecoa de forma simples e prática: “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7:12, NTLH).
Que a busca por melhorias na arbitragem seja guiada por fatos, transparência e coragem institucional — e que os protagonistas usem sua voz para colaborar com soluções. A fé nos convida a agir com responsabilidade e a apontar caminhos que promovam o bem comum, também dentro dos gramados.
Leonardo de Paula Duarte
Resumo prático: a tensão envolve falas públicas de Abel Ferreira sobre um pênalti não marcado; a resposta de Julio Casares pediu foco nas questões internas; árbitro e VAR foram suspensos por 40 dias pelo STJD; a discussão reacende a pauta da profissionalização e transparência na arbitragem brasileira.

