Comitê estratégico do INSS busca reduzir fila recorde de 2,862 milhões e acelerar concessões; medidas atingem auxílio‑doença e processos sob controle interno
O INSS instituiu uma medida emergencial para enfrentar a fila histórica de pedidos: “o órgão instituiu nesta sexta-feira (21) um comitê estratégico para acompanhar a situação“.
O recado oficial e os números
Segundo o balanço divulgado pela autarquia, a situação é inédita: “Em outubro de 2025, a fila acumulada alcançou 2,862 milhões de processos, marca inédita no histórico da autarquia.”
O próprio INSS reconhece que a dinâmica de entrada cresceu: “Segundo o INSS, o volume de novos requerimentos cresceu cerca de 23% recentemente.”
O que o comitê da fila do INSS vai fazer
Na prática, o comitê tem como objetivo acompanhar e buscar soluções para o estoque. Como descreve a nota oficial, “O comitê vai atuar para minimizar sobre a fila de aproximadamente 2,8 milhões de pedidos de benefícios, entre eles, aposentadoria, pensão, salário-maternidade, entre outros“.
O INSS detalhou a composição do estoque: “Desse total, cerca de 920 mil processos estão sob controle direto do INSS e podem ser resolvidos internamente“; “Já os demais 1,9 milhão dependem de pendências externas, como documentos faltantes, biometria ou ações de terceiros“. Isso aponta para duas frentes de trabalho: soluções internas de produtividade e articulação com outros atores para destravar pendências externas.
Mudança na perícia e tempo médio de concessão
Uma das medidas anunciadas pelo presidente da autarquia foi operacional: “o presidente do Instituto, Gilberto Waller, anunciou que a perícia do auxílio-doença passa a valer após 60 dias de afastamento“. A iniciativa tende a impactar o fluxo de processos de auxílio‑doença, reduzindo avaliações imediatas e concentrando perícias em afastamentos mais prolongados.
Apesar do aumento do estoque, há um número positivo na avaliação do próprio INSS: “Apesar do aumento do estoque de pedidos, o tempo médio para concessão caiu para cerca de 35 dias“. Ou seja, embora o total de processos esteja alto, a velocidade média de concessão melhorou — um dado a ser monitorado pelo comitê.
Impacto para segurados e limites da estratégia
Para segurados, as mudanças podem trazer tanto alívio quanto preocupação. A queda no tempo médio de concessão é boa notícia para quem tem processos em andamento sob gestão direta do INSS. Mas os cerca de 1,9 milhão de casos dependentes de fatores externos permanecem sujeitos a atrasos enquanto não forem regularizados documentalmente ou por questões de biometria e terceiros.
O comitê atuará na priorização, monitoramento e articulação administrativa, mas é importante frisar que a solução completa depende também de ações fora do alcance direto da autarquia — por exemplo, regularização de documentos e integração com outros órgãos.
Reflexão cristã — Leonardo de Paula Duarte
Como cristão e colunista, vejo nessa agenda do INSS um chamado à responsabilidade pública e à solidariedade com os mais vulneráveis. A gestão de benefícios sociais toca vidas que muitas vezes dependem do recebimento rápido para pagar contas, tratar a saúde e sustentar famílias.
Na Palavra encontramos um princípio que nos inspira a agir com justiça e cuidado: “Confie no Senhor de todo o seu coração; não confie na sua própria inteligência” (Provérbios 3:5, NTLH). Confiar não é omitir ação — é trabalhar com esperança e ética, buscando o bem comum.
Que o comitê do INSS siga com transparência e foco em resultados práticos, e que a sociedade acompanhe cobrando eficiência e respeito aos direitos dos segurados.
Leonardo de Paula Duarte

