Hernán Crespo já planeja 2026 no São Paulo após 6 a 0: ‘não temos dinheiro’ e reconstrução com atletas livres e retornos do DM

Crespo admite cenário de austeridade e inicia planejamento do próximo ciclo

Após a goleada por 6 a 0 para o Fluminense, Hernán Crespo sinalizou que o São Paulo precisa iniciar um processo de reconstrução mais amplo, já pensando em 2026. O técnico reconheceu as limitações orçamentárias e afirmou que a derrota pode acelerar o redesenho do elenco.

Diagnóstico financeiro e política de ‘oportunidades’

Segundo o treinador, a conversa interna aponta para restrições claras. Como disse Crespo: “A diretoria chegou para mim e falou que não temos dinheiro, não podemos contratar.” A orientação reduz a expectativa por reforços de impacto e consolida a tendência de trabalhar com oportunidades: atletas livres ou negócios sem custos relevantes.

O próprio técnico reafirmou confiança no papel que pode desempenhar no processo: “Acho que sou a única pessoa no mundo, na história do futebol, que ganhou em três continentes diferentes. Sim, acho que sou parte da solução”.

Lesões, retornos e a aposta no departamento médico

O clube vive um momento crítico também por conta de um número elevado de ausências: são 13 jogadores fora do elenco, com perdas recentes como Ferreira e Luciano, o que comprometeu a consistência da equipe nesta reta final do Brasileirão.

Internamente, a expectativa é que parte dos “reforços” venha do departamento médico. Nomes como Calleri, Lucas e Oscar foram citados como peças que, recuperadas, aumentariam consideravelmente o nível do conjunto.

Pressão nos bastidores, calendário e o próximo jogo

A goleada acionou um novo alerta para a gestão presidida por Julio Casares, que deve enfrentar manifestações da torcida nos próximos dias. Para tentar esvaziar protestos, o clube tirou o mando do Morumbi: o São Paulo encara o Internacional na Vila Belmiro na próxima quarta-feira.

Enquanto batalha para defender o oitavo lugar, o time ainda alimenta a esperança de integrar o G8 por caminhos indiretos — como um eventual triunfo de Cruzeiro ou Fluminense na Copa do Brasil em dezembro —, mas o cenário deixou claro que há muito a ser reconstruído.

Planejamento e prioridades: estrutura e clareza

Crespo foi enfático ao comentar o que espera alcançar: “Aconteceu que colocamos uma sequência que algumas pessoas pensaram que poderíamos ficar assim. Também tenho que ver claro, estamos planejando o futuro. Tenho ideias claras, sei o que devo que fazer. Estou confiando no que a diretoria falou”.

Do ponto de vista esportivo, a estratégia aponta para três frentes imediatas: consolidar a recuperação física dos jogadores, buscar atletas sem custo significativo e promover ajustes na estrutura do clube para evitar erros acumulados que, segundo o treinador, explicam parte da crise atual.

Reflexão editorial

Em tempos de perdas e recomeços, é importante lembrar que reconstrução exige paciência, prudência e liderança serena. Como colunista cristão, vejo aqui espaço para uma lição de fé prática: reconhecer limitações sem perder a esperança e agir com responsabilidade.

Uma palavra de estímulo que dialoga com o momento: “Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:13, NTLH). Que essa convicção inspire a busca por soluções éticas e sustentáveis no futebol e na vida.

Leonardo de Paula Duarte

Este texto entrevistou apenas as declarações públicas e o material disponível sobre o episódio; não há inventário de reforços ou valores financeiros além do informado pelo clube e pelo técnico.

Rolar para cima