Incêndio em Hong Kong: 146 mortos; corpos são encontrados nos telhados do complexo de 8 torres

Resumo e atualizações sobre a tragédia em Tai Po

O balanço de mortos no incêndio que destruiu partes do complexo residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po (Hong Kong), subiu para 146, segundo a polícia.

"Às 16h (5h no horário de Brasília), o número de mortos chegou a 146. Não podemos descartar a possibilidade de mais vítimas", afirmou a porta-voz da polícia, Tsang Shuk-yin, em entrevista coletiva.

Durante a inspeção de três das oito torres do conjunto habitacional, corpos foram achados nos telhados. As buscas e a investigação prosseguem, e autoridades não descartam que o número de vítimas seja ainda maior.

O que se sabe até agora

O incêndio começou na tarde de quarta-feira (26). Segundo as apurações preliminares citadas pela imprensa, o foco inicial aparenta ter sido nas redes de proteção que cobriam a obra de reforma do complexo e que serviam para proteger da poeira e da queda de objetos.

O complexo faz parte de um programa de subsídio à casa própria do governo local, foi inaugurado em 1983 e reúne quase 2.000 unidades residenciais. Em reportagem constava que "Wang Fuk Court, complexo habitacional composto por oito blocos e quase 2.000 unidades residenciais", o que ajuda a dimensionar a escala humana do desastre.

Hipóteses sobre a rápida propagação

As primeiras hipóteses indicam que o fogo se propagou com velocidade entre as torres devido a materiais e elementos usados nas obras. Conforme apurado: "O fogo se propagou rapidamente para as demais torres, segundo as primeiras hipóteses, facilitado pelas redes, os painéis de espuma e o bambu que é usado em Hong Kong no lugar de metal para os andaimes".

O uso tradicional de andaimes de bambu em Hong Kong, por ser leve e flexível, é comum — mas investigadores avaliarão se esses materiais e as proteções provisórias contribuíram para o avanço das chamas.

Resposta do governo e apoio às vítimas

O governo de Hong Kong anunciou a criação de um fundo de auxílio às vítimas que, segundo a cobertura, já reúne US$ 38 milhões em doações de entidades e empresas. A mobilização de recursos é uma das frentes imediatas do Executivo local.

Relatos apontaram que voluntários chegaram a rejeitar doações de roupas e mantimentos devido ao grande volume de itens já recebidos pelas equipes que atendem os sobreviventes.

Contexto histórico e investigação

O incêndio é o mais mortal na cidade desde 1996, quando chamas resultantes de soldagem durante reformas internas em um prédio comercial em Kowloon mataram 41 pessoas. Naquela ocasião, investigações levaram a atualizações nas normas de construção e segurança contra incêndio.

As autoridades locais devem aprofundar a apuração das causas e das eventuais responsabilidades, avaliando também normas de segurança em obras e procedimentos de evacuação.

Reflexão e esperança

Em momentos de perda tão grande, a notícia exige não só informação, mas compaixão prática. Que as comunidades locais e a rede de ajuda continuem organizadas para amparar familiares e sobreviventes.

Como recorda a fé que abraço em minha coluna, há consolo nas palavras: “Felizes os que choram, porque serão consolados.” — Mateus 5:4 (NTLH). A mensagem não substitui a ação pública e técnica necessária, mas nos lembra da urgência de oferecer consolo e assistência concreta aos enlutados.

Que as investigações tragam respostas e que a recuperação das famílias afetadas seja prioridade.

— Leonardo Duarte

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