Influenciador preso em Salto (SP) por agressão é solto; Justiça determina medidas protetivas da Lei Maria da Penha

Acusação, prisão em flagrante e liberação após audiência: o que se sabe

O coach e influenciador Thiago da Cruz Schoba, de 37 anos, foi detido em flagrante na madrugada do sábado, 29, em Salto, no interior de São Paulo, após ser acusado pela namorada de agressão e tentativa de forçar relação sexual. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados na noite de sexta-feira, 28, para atender a ocorrência na Rua Floriano Peixoto.

A vítima, de 30 anos, foi encontrada com lesões próximo à sua residência e relatou ter sido agredida pelo companheiro. Ambos foram encaminhados ao hospital municipal para atendimento médico e para a realização de exame de corpo de delito, e depois levados à Delegacia de Itu, onde o caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal.

O suspeito foi preso em flagrante e, segundo o noticiário, acabou liberado após audiência de custódia. Ele deverá cumprir medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. “Procurada, a defesa de Schutz não foi localizada.”

Como ocorreu a prisão e o atendimento policial

Conforme relato oficial da SSP, policiais foram chamados ao endereço indicado e encontraram a vítima com sinais de agressão. O homem foi detido ainda no bairro. A sequência do procedimento — atendimento médico, exame, registro na delegacia e audiência de custódia — segue o fluxo padrão em ocorrências de violência doméstica.

Histórico do influenciador e denúncias anteriores

O episódio atual ocorre quase dois anos depois de denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo. Em 2023, o influenciador, então conhecido por publicações no perfil “Manual Red Pill Brasil”, foi denunciado por violência psicológica contra mulheres.

Em fevereiro de 2023, vídeos em que ele afirmava exemplos de suposta “manipulação feminina” viralizaram, gerando ampla repercussão negativa. Segundo o Ministério Público, o influenciador reagiu a críticas com a expressão “processo ou bala” e enviou mensagens com ameaças a outra criadora de conteúdo, Bruna Volpim. O MP ofereceu denúncia por violência psicológica em março de 2023; em novembro daquele ano, a Justiça suspendeu o processo por dois anos mediante proposta do próprio Ministério Público, condicionando a suspensão à ausência de novas infrações no período.

Consequências legais e medidas protetivas

Após a audiência de custódia, a soltura do preso é compatível com a aplicação de medidas cautelares quando não se mantêm os requisitos para prisão preventiva. No caso, a imposição de medidas protetivas determinadas pela Lei Maria da Penha tem o objetivo de proteger a vítima e restringir aproximações ou contatos do acusado.

Procedimentos como o registro na delegacia, a instauração de inquérito e a realização de perícia médica são passos essenciais para que a apuração avance e para que a vítima tenha amparo jurídico. O cumprimento das medidas protetivas será acompanhado pela autoridade policial e pelo Judiciário.

Reflexão cristã e responsabilidade social — por Leonardo de Paula Duarte

Casos de violência doméstica ferem a dignidade humana e pedem resposta firme da sociedade e das instituições. A Bíblia nos lembra da obrigação de proteger os vulneráveis: “Defendam os fracos e os órfãos. Façam justiça aos aflitos e necessitados.” — Salmo 82:3 (NTLH).

Como cristão e jornalista, creio que a fé nos chama a compaixão pelas vítimas e ao mesmo tempo ao chamado à mudança pessoal para quem erra. A justiça deve agir com rigor e, quando possível, oferecer caminhos de recuperação que não revitimem quem sofreu.

Rogo para que a apuração seja concluída com transparência, que medidas protetivas sejam respeitadas e que, sobretudo, as vítimas encontrem apoio e segurança. — Leonardo de Paula Duarte

O caso segue em investigação. Informações adicionais dependem do andamento do inquérito policial e de eventuais medidas judiciais subsequentes.

Rolar para cima