Vídeo em pizzaria na Toscana viraliza e acende crise de imagem
Um vídeo gravado e publicado por Patrizio Pazzani, 58 anos — irmão do ex-jogador italiano Giampaolo Pazzini — provocou forte repercussão internacional após mostrar o empresário insultando turistas de Taiwan dentro de sua pizzaria em Montecatini Terme, na região da Toscana.
O episódio e o conteúdo do vídeo
O episódio ocorreu no início de novembro, quando um grupo de 16 visitantes pediu cinco pizzas e três cervejas, um pedido que, segundo o registro, irritou Pazzani. No vídeo, ele reclama: “São 16 pessoas, mas só pediram cinco pizzas e três cervejas. Que absurdo. Isso é demais.“
Segundo a reportagem do jornal La Nazione, os turistas não falavam italiano e sorriram ao perceber que eram filmados, imaginando se tratar de um material promocional. Ainda de acordo com a imprensa, o empresário teria dito que as pizzas eram “um pouco pequenas” e pedido que o grupo “deixasse o estabelecimento enquanto comia”.
Em determinado trecho, Pazzani também usa uma expressão depreciativa ao relacionar China e Taiwan: “chineses de m*“. A gravação foi posteriormente excluída, mas já havia viralizado e repercutido amplamente na mídia taiwanesa.
Pedido de desculpas e alcance do retrato
Diante da repercussão internacional, Pazzani publicou em 16 de novembro um vídeo de desculpas no TikTok: “Não tive a intenção de insultar ninguém. Nós, italianos, somos um povo brincalhão. Já viajei para o Oriente, para a China, lugares lindos com pessoas maravilhosas“, afirmou. O vídeo de retratação já ultrapassa 880 mil visualizações.
Reação das autoridades e tentativas de reparar o desgaste
O prefeito de Montecatini, Claudio Del Rosso, também se manifestou. Ele afirmou: “Todos nós conhecemos o protagonista deste vídeo e sabemos que ele é alguém que pode fazer piadas em qualquer situação e com qualquer pessoa. Tenho certeza de que não havia intenção de ofender, mas ele cometeu um erro, um erro grave. As desculpas são necessárias.“
Del Rosso ressaltou que reconhece China e Taiwan como países distintos e informou que convidaria representantes diplomáticos asiáticos para um encontro, com o objetivo de reafirmar o espírito de hospitalidade da cidade e mitigar o impacto do caso.
Repercussão nas redes e no público
Usuários nas redes sociais criticaram o comportamento de Pazzani e defenderam os turistas. Entre as reações reproduzidas pela imprensa, internautas lembraram que dividir pizzas é prática comum em restaurantes italianos. Uma pessoa escreveu: “A pizzaria deveria ser fechada, a falta de respeito foi ofensiva demais.” Outra comentou: “Meu marido e eu nunca conseguimos comer uma pizza inteira. Sempre pedimos uma e dividimos.“
O caso ilustra como um vídeo gravado em poucos minutos pode escalar para uma crise de imagem com repercussão internacional, afetando não só o comerciante, mas também a cidade e relações diplomáticas informais com visitantes.
Contexto e limites da informação
As informações desta matéria baseiam-se nos trechos divulgados pela imprensa local e pelo próprio conteúdo viralizado. Não há nos relatos públicos detalhes adicionais sobre eventuais medidas administrativas contra o estabelecimento ou posicionamentos oficiais do governo de Taiwan além da repercussão na mídia taiwanesa.
Também é fato conhecido e mencionado pela reportagem que a gravação foi excluída após viralizar, e que o empresário publicou um pedido de desculpas na data de 16 de novembro.
Reflexão cristã — por Leonardo de Paula Duarte
Como colunista cristão, vejo neste episódio um convite à prática do respeito e da empatia no convívio cotidiano. A responsabilidade pública não se limita a autoridades; é compreendida em atitudes mínimas de cortesia e dignidade para com o outro.
A Bíblia lembra a dimensão ética das palavras: “Seja cada um pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para irar‑se.” (Tiago 1:19, NTLH). Palavras podem ferir e gerar consequências que ultrapassam um momento — e, quando o erro acontece, o caminho responsável inclui reconhecimento e reparação.
Da mesma forma, o princípio conhecido como “regra de ouro” nos convida à reciprocidade do respeito: “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.” (Mateus 7:12, NTLH). Um pedido de desculpas é um passo necessário; restaurar confiança exige humildade e ações concretas.
Que a cidade e os envolvidos possam transformar o episódio em oportunidade de diálogo e hospitalidade renovada — valores que edificam comunidades e o testemunho público de qualquer sociedade.
Leonardo de Paula Duarte

