Merz em nova gafe: primeiro‑ministro da Alemanha diz não ter achado “pão decente” em Angola e provoca críticas

Contexto e declaração em Hamburgo

O primeiro‑ministro da Alemanha, Friedrich Merz, voltou a causar polêmica ao afirmar que, em viagem oficial recente à Angola, não encontrou “um pedaço de pão decente” durante o café da manhã em Luanda. A fala ocorreu na manhã desta terça‑feira (25), em Hamburgo, durante visita a uma padaria.

O que Merz disse — citações da fonte

Segundo relato do evento, Merz afirmou: “A gente percebe mesmo o quanto aprecia o pão alemão quando está no exterior”. Em seguida, comentou: “Ontem de manhã, no buffet de café da manhã em Luanda, procurei um pedaço de pão decente e não encontrei.”

Relação com episódios anteriores

O comentário ocorre poucas semanas depois de Merz ter sido alvo de críticas por outro deslize diplomático, desta vez relacionado ao Brasil. Após visitar Belém durante a COP30, o premiê disse que havia ficado contente de deixar a cidade — declaração que gerou reação de políticos brasileiros e da oposição alemã. A fala anterior foi reproduzida na ocasião: “Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, a noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos”.

Contexto diplomático e repercussão

Merz esteve em Angola na segunda‑feira (24), após participar da cúpula do G20 na África do Sul no domingo (20) e de encontros entre União Europeia e União Africana. A declaração sobre o pão em Luanda foi recebida com críticas, em especial por reforçar percepção de descuido diplomático em comentários informais do líder alemão.

Segundo o registro das declarações, Merz não chegou a apresentar um pedido formal de desculpas pelo episódio em Belém, limitando‑se a dizer a Lula, durante reunião bilateral no G20, que não quis ofender os brasileiros.

Análise política e de imagem

Do ponto de vista político, declarações públicas de chefes de governo em visitas ao exterior demandam cuidado com o impacto simbólico. Comentários percebidos como desdenhosos podem gerar desgaste nas relações bilaterais e fornecer munição à oposição doméstica. No caso de Merz, duas declarações recentes — sobre Belém e sobre Luanda — ampliaram críticas sobre sensibilidade diplomática.

Para analistas de comunicação, episódios desse tipo costumam atrair atenção desproporcional porque combinam liderança pública, mídia e redes sociais. Em um cenário onde a percepção pública tem peso em negociações e imagem internacional, palavras simples podem reverberar.

Reflexão cristã e responsabilidade pública

Como colunista cristão, vejo nestes episódios um apelo à prudência e à humildade no trato público. A Bíblia nos lembra a importância de uma fala cuidadosa: “Resposta branda afasta a ira, mas a palavra ríspida desperta a fúria” (Provérbios 15:1, NTLH). Palavras podem ferir ou aproximar; líderes são chamados também a cultivar o bem‑comum por meio do respeito.

Isso não significa evitar críticas ou debates, mas exercê‑los de forma que promovam diálogo e dignidade. Em tempos de polarização, seria saudável ver mais gestos de reconhecimento e conciliação quando equívocos acontecem.

Leonardo de Paula Duarte

Observação editorial: Esta matéria foi produzida com base exclusivamente nas informações fornecidas pelas fontes citadas, priorizando fidelidade às citações originais e contextualização dos fatos.

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