PIB do Brasil atinge maior patamar da série histórica no 3º trimestre de 2025; Serviços batem recorde e consumo chega ao ápice

IBGE: terceiro trimestre de 2025 marca novo recorde do PIB

No balanço divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE, o terceiro trimestre de 2025 trouxe um marco nas contas nacionais. “No terceiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro alcançou o maior patamar da série histórica iniciada em 1996.”

Oferta: serviços, agro e indústria

Por segmento, o destaque foi o setor de serviços. “O PIB de Serviços alcançou patamar recorde” — impulso importante para o resultado agregado do país.

Na agropecuária, a leitura é mista: o setor opera perto do pico, mas ainda não o superou. “Já o da Agropecuária opera 1% abaixo do patamar recorde no primeiro trimestre de 2025” — pico que, na avaliação do IBGE, foi influenciado pela safra. Em coletiva, as responsáveis do IBGE ressaltaram: “O ano da agropecuária está sendo muito bom, 2025 é o ano de safras recordes. …. Teve aumento de exportações de soja para a China”.

A indústria segue abaixo de seus pontos mais altos. “Já o PIB da indústria está 3,4% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013.” A indústria de transformação, em especial, permanece distante do auge: “A indústria de transformação também opera em patamar 15,2% aquém do pico alcançado no terceiro trimestre de 2008.”

Ótica da demanda: consumo e investimento

Do lado da demanda, há elementos positivos e áreas que precisam de atenção. “Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias e o consumo do governo alcançaram novos ápices da série histórica.” Isso mostra recuperação do gasto doméstico e maior contribuição do setor público para a atividade.

Por outro lado, a formação de capital, medida pela Formação Bruta de Capital Fixo, ainda não retomou plenamente: “A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) ainda estava 8,6% abaixo do pico da série alcançado no segundo trimestre de 2013.” Menor dinamismo em investimentos pode limitar ganhos de produtividade no médio prazo.

Contexto social e sinais sobre renda

Os números macro se conectam com indicadores sociais. Em relatório anexado ao cenário econômico, o IBGE aponta movimentos na pobreza: “IBGE: Em um ano, 8,6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza, e 1,9 milhão saíram da miséria”. Em 2024, a massa de pessoas em condição de pobreza ainda era expressiva: “Em 2024, o Brasil tinha 48,9 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza, o equivalente a uma fatia de 23,1% da população sobrevivendo com cerca de R$ 23,13 por dia”.

Esses dados mostram que o crescimento recente traz benefícios reais — menos pessoas na pobreza —, mas também que persistem desafios para ampliar oportunidades e elevar standards de vida de forma sustentável.

O que observar adiante

Os números do IBGE indicam avanços, com serviços e consumo em níveis recorde, bom desempenho da agropecuária em 2025 e recuperação parcial de atividades industriais. Ainda assim, a recuperação dos investimentos e o retorno pleno da indústria a seus picos históricos serão vetores importantes para a sustentabilidade do crescimento.

Reflexão cristã — por Leonardo de Paula Duarte

O avanço da economia celebra progresso e gera esperança, mas nos lembra da responsabilidade coletiva com os mais vulneráveis. Como comunidade, somos chamados a unir eficiência e justiça: impulsionar o crescimento sem perder de vista quem ainda vive com menos.

No cuidado com o próximo encontramos propósito e ação ética. Como está escrito: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” — uma lembrança para alinhar trabalho, políticas públicas e valores em favor do bem comum.

Leonardo de Paula Duarte

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