PIB do Brasil atinge maior patamar histórico no 3º tri de 2025; Serviços batem recorde, consumo sobe e agro mantém safra forte

Dados do IBGE mostram avanço no nível do PIB desde 1996; indústria e investimento seguem abaixo de picos anteriores

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 4, que “No terceiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro alcançou o maior patamar da série histórica iniciada em 1996.”

Oferta: serviços em alta, agro com safras recordes e indústria longe do pico

Pelo lado da oferta, o setor de serviços foi destaque: “O PIB de Serviços alcançou patamar recorde.”

A agropecuária segue positiva no ano, embora operando ligeiramente abaixo do auge recente: o PIB do setor “opera 1% abaixo do patamar recorde no primeiro trimestre de 2025, quando o resultado foi impulsionado pela colheita de soja.” Na coletiva, representantes do IBGE comentaram a boa safra: “O ano da agropecuária está sendo muito bom, 2025 é o ano de safras recordes. …. Teve aumento de exportações de soja para a China”, disse a gerente de Contas Nacionais, Cláudia Dionísio, e a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis.

Por outro lado, a indústria permanece distante de picos históricos. Segundo o IBGE, o setor industrial geral “está 3,4% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013.” Mais especificamente, “A indústria de transformação também opera em patamar 15,2% aquém do pico alcançado no terceiro trimestre de 2008.”

Demanda: consumo das famílias e do governo no topo, investimento ainda defasado

Sob a ótica da demanda, há elementos de força: “Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias e o consumo do governo alcançaram novos ápices da série histórica.”

Apesar do avanço no consumo, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede investimento, permanece abaixo do nível máximo histórico: “A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) ainda estava 8,6% abaixo do pico da série alcançado no segundo trimestre de 2013.”

Contexto e implicações

O balanço divulgado pelo IBGE mostra um PIB cujo nível agregado atingiu novo recorde desde 1996, apoiado principalmente pelo setor de serviços e pelo consumo. A agropecuária contribui com um ano de safras fortes, embora o setor oscile por causa do calendário de colheitas.

Ao mesmo tempo, a recuperação desigual entre setores chama atenção: a indústria de transformação segue bastante distante de seus picos históricos, e o investimento privado ainda não recuperou totalmente o terreno perdido desde 2013. Esse quadro combina crescimento de demanda com desafios para ampliar capacidade produtiva e produtividade.

Reflexão cristã e editorial (Leonardo de Paula Duarte)

O resultado do terceiro trimestre nos lembra que progresso econômico e fragilidade estrutural podem coexistir. Há motivos para esperança quando famílias e serviços avançam, e há desafio pastoral e cívico ao observar setores e investimentos que ainda precisam se recuperar.

Em tempos de crescimento parcial, vale a lembrança espiritual que nos convida à prudência e à confiança no propósito: “Busquem, antes de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6:33, NTLH).

Como colunista e cristão, acredito que políticas públicas e decisões empresariais devem buscar o bem comum, promovendo emprego digno, justiça e cuidado com os mais vulneráveis — valores que ampliam a sustentabilidade do próprio crescimento econômico.

Assinado,

Leonardo de Paula Duarte

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