Primo de Luciano Hang, Jordan sai da Havan e funde JH Marketing com R$1 bi sob gestão e R$6 bi em lançamentos

Da escola Havan ao mercado imobiliário: estratégia, resultado e ousadia

Jordan Hang carrega um sobrenome de peso no varejo nacional, mas decidiu trilhar seu próprio caminho longe da sombra do primo Luciano Hang, fundador da Havan. Depois de quase uma década na gigante do varejo, onde chegou a comandar um orçamento de R$ 250 milhões por ano em marketing, Jordan deixou a empresa durante a pandemia para empreender no setor imobiliário.

“Foi uma decisão difícil, mas necessária. Eu queria aplicar tudo o que aprendi no varejo em um mercado que ainda engatinha em termos de performance e estratégia”, afirma Jordan.

Da base técnica ao ápice do varejo

A trajetória de Jordan no marketing começou cedo, aos 15 anos, como designer gráfico. Com o tempo, aprendeu a programar e passou a desenvolver sites completos. Essa formação técnica o levou a atuar em agências e até a fundar sua primeira startup — um aplicativo de táxi criado antes mesmo da chegada do Uber ao Brasil.

Mas foi na Havan que Jordan teve sua maior escola. Mesmo sendo primo de Luciano Hang, passou por todas as etapas do processo seletivo para entrar na empresa. Começou cuidando das redes sociais, quando a página da Havan no Facebook tinha apenas 38 mil seguidores. “Fazia tudo: layout, publicação, estratégia. Era uma operação de guerrilha”, lembra.

Um dos marcos de sua passagem pela empresa foi o post viral da estátua da liberdade de biquíni, que ganhou repercussão nacional e internacional. “Ali percebi o poder da comunicação simples e direta. Algo que aprendi muito com o Luciano”, diz. Com o tempo, Jordan assumiu a gerência de e-commerce e, depois, a direção de marketing da Havan. “Foi meu MBA, doutorado e pós-doutorado em vendas. Aprendi a pensar rápido, agir com agilidade e sempre com foco em resultado.”

JH Marketing: modelo por performance e números em rápido crescimento

A saída da Havan aconteceu em meio à pandemia, quando as lojas estavam fechadas e os investimentos em marketing suspensos. Foi nesse período que Jordan recebeu o convite para atuar como consultor no lançamento do Vivapark Porto Belo, o primeiro bairro-parque do Brasil. A experiência revelou uma falha comum no setor imobiliário: a desconexão entre marketing e vendas.

“Na maioria das empresas, marketing e comercial não se falam. Um culpa o outro pelos resultados. Eu resolvi unir os dois em um único plano estratégico”, afirma Jordan, e daí nasceu a JH Marketing.

A JH Marketing estrutura coordenação de marketing e vendas com foco em performance e rentabilidade. O modelo de negócio é ousado: cobrar por resultado. “Não vendemos post bonito. Vendemos resultado. E só recebemos se o cliente vender.”

O modelo já atraiu construtoras e incorporadoras em cidades como Brusque, Balneário Camboriú e Porto Belo. Segundo a empresa, a operação já tem R$ 1 bilhão sob gestão e R$ 6 bilhões em lançamentos previstos para os próximos quatro anos. O argumento é que o setor imobiliário brasileiro ainda tem amplo espaço para evoluir em estratégia digital e performance de vendas.

Lições práticas para empreendedores e profissionais de marketing

Com experiência em campanhas milionárias, Jordan compartilha recomendações objetivas:

Marketing como cultura: o marketing não é apenas um departamento; precisa permear atendimento, produto e entrega.

Velocidade decisória: tomar decisões com rapidez é diferencial competitivo, especialmente em cenários econômicos instáveis.

Foco em rentabilidade: estética e branding importam, mas o critério final é a margem e a sustentabilidade do negócio.

Integração com vendas: todo profissional de marketing deve entender de vendas e ter senso de dono — pensar como a ação impacta o caixa.

Reflexão cristã e sentido no trabalho

Como colunista cristão, vejo na trajetória de quem decide sair da zona de conforto um chamado à responsabilidade e ao serviço bem-feito. A Bíblia lembra uma postura profissional que serve de bússola: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para as pessoas” (Colossenses 3:23, NTLH).

Isso não diminui ambição legítima; ao contrário, convida o empreendedor a alinhar competência, ética e propósito. O modelo de Jordan — cobrar por resultado e integrar equipes — sinaliza responsabilidade com clientes e com o uso de recursos, uma forma prática de bom testemunho no mercado.

Assina,

Leonardo de Paula Duarte

Nota editorial: esta matéria foi produzida com base nas informações fornecidas pela fonte sobre a trajetória e declarações de Jordan Hang.

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