Saldo líquido do Caged em outubro fica positivo em 85.147 vagas — pior outubro desde 2019

Admissões somaram mais de 2,27 milhões, mas resultado ficou abaixo das expectativas

O Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou um saldo líquido de 85.147 empregos formais em outubro. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, “O mercado de trabalho brasileiro criou 85.147 novos empregos formais em outubro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Detalhes do resultado de outubro

O saldo de outubro é fruto de um fluxo intenso de entradas e saídas no mercado de trabalho: “O saldo é resultado de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos.

Apesar de positivo, o desempenho ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um saldo de cerca de 120 mil vagas; as expectativas variaram entre 58.306 e 160 mil.

Na comparação anual, o saldo de outubro deste ano é 35,3% menor que o observado em outubro de 2024 (131.603 vagas, série com ajustes). Foi ainda “o pior para um mês de outubro desde 2019, quando foram criados 70.852 empregos formais no País” — e, considerando a série iniciada em 2020 com o Novo Caged, o pior resultado dos últimos anos.

Acumulado do ano e dos últimos 12 meses

No acumulado de janeiro a outubro, o mercado formal apresenta saldo positivo de 1.800.650 vagas. Como noticiado, “O saldo de janeiro a outubro deste ano é positivo em 1.800.650 postos formais, um resultado 15,3% menor do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram criados 2.126.843 novos empregos formais.

Considerando o acumulado móvel de 12 meses (novembro de 2024 a outubro de 2025), o saldo foi de 1.351.832 contratações líquidas — valor 24,8% menor que o saldo no período anterior (nov/2023–set/2024), que alcançou 1.796.543.

O que isso significa na prática — e o 13º salário

Os números mostram que o mercado segue criando vagas, mas com ritmo de desaceleração frente ao ano anterior. Para os trabalhadores, há uma informação prática e imediata: “Trabalhadores recebem a primeira parcela do 13º até esta sexta (28).”

Sobre o pagamento, a matéria registra que “O valor pago em novembro corresponde a metade da remuneração mensal, sem descontos de Imposto de Renda e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Para quem não trabalhou o ano inteiro, a empresa deve fazer um cálculo proporcional ao número de meses e pagar ao profissional metade deste valor.” Este pagamento tende a aliviar parte da demanda por consumo no curto prazo, mas não altera tendências estruturais do emprego.

Análise e contexto

Em resumo, a leitura de outubro mostra um mercado formal que ainda gera vagas, porém com perda de intensidade frente a 2024. A diferença entre expectativa e resultado também sinaliza maior volatilidade nas contratações no curto prazo.

Do ponto de vista econômico, os números pedem atenção para políticas públicas e decisões empresariais que favoreçam a retomada consistente das contratações: qualificação profissional, incentivo a setores que empregam intensamente e medidas que reduzam a incerteza sobre demanda.

Reflexão cristã assinada

Como colunista e cristão, observo que dados e políticas têm impacto direto na vida das pessoas e das famílias. Em momentos de desaceleração, há necessidade de cuidado, solidariedade e responsabilidade ética por parte dos empregadores, do poder público e da sociedade.

Nas Escrituras encontramos princípios que acompanham o trabalho diário: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para as pessoas.” (Colossenses 3:23, NTLH). Essa perspectiva não é apenas espiritual: lembra que dignidade, competência e integridade são fundamentais no ambiente de trabalho, especialmente em tempos de ajuste.

Assinado,

Leonardo de Paula Duarte

Fonte principal: Agência Brasil — dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Rolar para cima