Santa Catarina tem a menor desigualdade de renda do Brasil: Gini 0,430 e Palma 2,17, mostra IBGE

Síntese do IBGE coloca Santa Catarina no topo do ranking de distribuição de renda

Santa Catarina registrou a melhor distribuição de renda do país, segundo dados divulgados pelo IBGE na Síntese de Indicadores Sociais. O estado apresentou Índice de Gini de 0,430, indicador que mede a desigualdade do rendimento domiciliar per capita — quanto mais próximo de zero, mais igualitária a distribuição.

O que dizem os números

O Índice de Gini foi calculado com base na relação entre a distribuição de rendimento verificada e a igualdade perfeita de renda. O indicador vai de 0 a 1, sendo que o 0 representa a igualdade perfeita e, quanto mais próximo de 1, maior é a concentração de renda e, portanto, a desigualdade.

Além do Gini, a publicação traz o Índice Palma, que compara a renda dos 10% mais ricos com a dos 40% mais pobres. Em Santa Catarina o índice ficou em 2,17 no ano de 2024, o menor entre as 27 unidades da federação. A média nacional para o Palma foi de 3,31.

Comparação com outros estados

O segundo melhor resultado no Índice de Gini ficou dividido entre Rondônia e Mato Grosso, ambos com 0,442. No ranking do Palma, após Santa Catarina aparecem Rondônia (2,32) e Mato Grosso (2,34).

Por outro lado, os estados com maior concentração de renda pelo índice Palma são Distrito Federal (4,28), Pernambuco (3,84) e Roraima (3,74).

O que autoridades destacaram

O governador Jorginho Mello (PL) relacionou o desempenho ao conjunto de políticas estaduais: “Nossos programas chegam a todos os lugares. É Estrada Boa, é ofertando mais serviços de saúde no interior, é oferecendo programa de crédito pro pequeno empreendedor, é incentivando a indústria a se instalar longe da capital. Assim fazemos a economia local crescer, gerando emprego e renda para todos”.

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, também comentou os efeitos esperados: “É preciso destacar que esse cenário é muito positivo porque garante mais poder de compra ao catarinense, o que estimula o consumo e, portanto, gira toda a roda da economia”.

Impactos econômicos e sociais

Uma distribuição de renda mais homogênea tende a aumentar o poder de compra de amplia parcelas da população, o que estimula o consumo local e pode alavancar a geração de emprego. Programas de infraestrutura, serviços públicos e incentivo ao empreendedorismo regional aparecem, na avaliação oficial, como fatores que beneficiam a interiorização do desenvolvimento.

Os dados do IBGE aqui apresentados são relativos ao período apontado na Síntese de Indicadores Sociais e servem como base para avaliar políticas públicas e prioridades locais. Onde os números são melhores, há indícios de menor concentração de riqueza e, potencialmente, maior inclusão econômica.

Reflexão cristã — por Leonardo de Paula Duarte

Como colunista e cristão, vejo nesses indicadores um chamado ético para gestores, empresários e cidadãos. A busca por políticas que promovam justiça social e acesso a oportunidades ecoa princípios bíblicos de cuidado com o próximo. Jesus resume um mandamento central: “Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Marcos 12:31, NTLH).

Essa perspectiva não anula debates técnicos sobre eficiência e gestão, mas lembra que a redução da desigualdade não é apenas estatística: é promoção de dignidade. Que os dados sirvam de estímulo para políticas públicas responsáveis e diálogo social.

Assina: Leonardo de Paula Duarte

Fontes: Síntese de Indicadores Sociais — IBGE (dados relativos ao ano indicado na publicação).

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