Sarampo volta a avançar: 59 países com surtos, 30 milhões de crianças desprotegidas e Brasil reforça alerta

OMS alerta para recuo da vacinação e risco de surtos globais

Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) acende um sinal de alerta: a proteção coletiva contra o sarampo enfraqueceu e o vírus voltou a avançar em várias regiões do mundo.

O que diz o relatório

“A vacinação em massa contra o sarampo já foi considerada uma das maiores vitórias da saúde pública mundial. Entre 2000 e 2024, as mortes globais pela doença caíram 88%, evitando cerca de 58 milhões de óbitos, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em 28 de novembro.”

Apesar desse ganho histórico, o documento mostra que “59 países registraram surtos grandes ou disruptivos no último ano — quase três vezes mais do que em 2021.” Em regiões como a União Europeia, foram registrados cerca de 35 mil casos desde o ano passado, e mais de 30 milhões de crianças ficaram insuficientemente protegidas contra o sarampo somente em 2024.

Situação nas Américas e no Brasil

Na América do Norte, “Canadá e Estados Unidos, que já haviam eliminado o sarampo, voltaram a registrar aumento expressivo de casos e risco de perder o status de eliminação.”

No Brasil, o país segue reconhecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como livre da circulação endêmica do vírus, mas o cenário exige vigilância: “Até a 38ª semana epidemiológica de 2025, foram confirmados 37 casos de sarampo em diferentes estados, a maioria com origens em outros países.” Especialistas lembram que, em áreas com baixa cobertura vacinal, mesmo casos importados podem desencadear surtos locais.

Por que a vacinação continua sendo essencial

“Por isso, a vacinação segue sendo a ferramenta mais eficaz de proteção.” O sarampo é um dos vírus mais contagiosos conhecidos e encontra espaço para se espalhar quando a imunização populacional cai.

Além da queda na cobertura, parte do problema é alimentada pelo “crescente sentimento antivacina”, que reduz a adesão em comunidades onde a imunidade coletiva é necessária para bloquear a transmissão.

Medidas práticas são claras: manter o calendário vacinal em dia, checar a situação vacinal de crianças e adultos e procurar serviços de saúde em caso de dúvidas ou situações de risco. Programas de vigilância e campanhas de vacinação dirigidas a áreas com baixa cobertura são ferramentas prioritárias para autoridades de saúde.

Reflexão cristã — cuidado com o próximo

Como colunista e cristão, acredito que informação e cuidado são expressão de amor ao próximo. A fé nos chama a proteger os mais vulneráveis, incluindo crianças e idosos. Lembro aqui o consolo e a esperança das Escrituras: “Eu é que sei os planos que tenho a respeito de vocês — diz o Senhor — planos de paz e não de mal, para lhes dar um futuro cheio de esperança.” (Jeremias 29:11, NTLH).

Em linguagem prática: vacinar é um ato de responsabilidade coletiva. Cuidar da saúde pública é também cuidar de quem não pode se proteger sozinho. — Leonardo de Paula Duarte

Leve em conta: a informação acima baseia-se no relatório da OMS e na apuração publicada por agências internacionais. Procure sempre orientações das secretarias de saúde locais para ações específicas e atualizadas sobre a vacinação e a vigilância do sarampo.

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