STF: sessão da Primeira Turma nesta segunda pode referendar a prisão preventiva de Bolsonaro; entenda prazo, votos e riscos

Como funcionará a votação do STF que pode definir o futuro de Bolsonaro

Na manhã desta segunda-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal realiza uma sessão extraordinária que pode confirmar ou revogar a medida mais gravosa relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro: a prisão preventiva. Em caráter virtual e com horário marcado das 8h às 20h, a reunião tem caráter pontual e objetivo.

O que está em votação

Segundo o despacho oficial, “A Primeira Turma do STF realiza nesta segunda-feira (24), das 8h às 20h, uma sessão extraordinária para analisar e referendar a decisão que levou à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado (22).”

Em termos práticos, a turma vai decidir se mantém, reformula ou revoga a decisão que determinou a prisão preventiva. A matéria chegou ao colegiado após despacho individual que decretou a prisão, e agora depende do referendo coletivo — isto é, da validação pela maioria dos membros presentes.

Quem participa e como será a sessão

“A reunião virtual foi solicitada por Alexandre de Moraes e agendada pelo ministro Flávio Dino, presidente da Turma. Também participam Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.” A composição efetiva da Primeira Turma e as declarações de voto dos ministros serão decisivas.

O formato virtual permite que os ministros proferam voto à distância dentro do período de sessão. A votação convocada cobre o mesmo dia em que se encerra prazo processual importante: “A votação ocorre no mesmo dia em que se encerra o prazo para a apresentação dos segundos embargos na Ação Penal 2668, que condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão.”

Contexto da condenação e da prisão preventiva

Sobre a pena, o processo já detalhou os termos da condenação: “Do total, 24 anos e 9 meses devem ser cumpridos em regime de reclusão, e 2 anos e 6 meses em regime de detenção, além de 124 dias-multa, fixados em dois salários mínimos cada.” Apesar dessa sentença, antes da prisão preventiva o ex-presidente “seguia em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.”

A decretação da prisão preventiva foi motivada por avaliação de risco pela autoridade que a determinou: “A prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada neste sábado após Moraes considerar que novos elementos apontavam risco concreto de fuga.” Entre os elementos citados na decisão, o próprio texto registra: “A decisão citou a violação registrada na tornozeleira eletrônica às 00h08, interpretada como tentativa de rompimento, e a vigília convocada por Flávio Bolsonaro na véspera, que, embora apresentada como um ato de orações, foi vista por Moraes como algo que poderia estimular mobilizações e facilitar a evasão.”

Possíveis desdobramentos e impactos

A decisão colegiada da Primeira Turma pode ter três desfechos práticos: referendar a prisão preventiva (mantê-la), negar o referendo (recolocar o réu em medidas menos gravosas) ou modular a medida, impondo condições diversas. Qualquer decisão tende a gerar Recursos e movimentação processual imediata, além de reflexos políticos e jurídicos evidentes.

Importante notar a dinâmica anterior do caso: “A Primeira Turma decidiu o caso com abstenção de Luiz Fux; os demais ministros acompanharam integralmente o voto de Moraes.” A abstenção em votações anteriores e a composição atual do colegiado são fatores que influenciam o cálculo político-jurídico dentro do tribunal.

Do ponto de vista processual, o fato de o julgamento coincidir com o fim do prazo para embargos pode acelerar contestações e novas peças processuais, mantendo o caso em rápida movimentação nas próximas semanas.

Reflexão cristã e editorial — Leonardo de Paula Duarte

Num momento de tensão e polarização, é saudável lembrar princípios que orientem a convivência pública. O ensino de Jesus sobre amor e respeito ao próximo é um norte prático: “Dou-lhes um novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, vocês devem amar uns aos outros.” (João 13:34, NTLH).

Como cristãos comprometidos com a verdade e a justiça, devemos orar por sabedoria para quem decide, respeito pelas instituições e compaixão pelas pessoas envolvidas. A fé não substitui o devido processo, mas chama à prática da justiça com misericórdia e à busca da paz.

Assina, Leonardo de Paula Duarte.

Com informações do UOL.

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